É verdade que, para oferecer um bom serviço e ser bem-sucedido no mercado de mecânica de motos, o profissional precisa ter um profundo conhecimento do assunto e estar preparado para solucionar uma ampla gama de defeitos em motos trazidos pelos clientes
No entanto, é certo também que existem defeitos de motos bastante comuns na rotina da oficina, e quanto a esses serviços é preciso estar ainda mais atento, já que certamente serão os que você mais executará.
Desse modo, o ponto a que queremos chegar é mostrar que tão importante quanto saber solucionar problemas mais raros e técnicos é estar apto a lidar com defeitos mais cotidianos. Assim, você garante uma prestação de serviço ágil e completa na sua oficina.
Pensando em ajudar você nessa tarefa, preparamos este post listando os 7 defeitos de motos mais comuns e como resolvê-los de maneira adequada e segura. Ficou interessado? Continue a leitura e confira!
1. Injeção eletrônica
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Quando se fala em defeitos comuns em motos, a injeção eletrônica logo vem à mente do mecânico. Esse componente é o responsável por gerenciar o ciclo de queima do combustível na câmara de combustão, dosando adequadamente a mistura ar/combustível.
Como se trata de uma peça que interfere diretamente no funcionamento do motor, falhas nesse componente são fáceis de se identificar, já que o condutor certamente se queixará de perda de potência, consumo desajustado ou presença de fumaça no escapamento.
Por se tratar de um componente eletrônico e que é dotado de diferentes sensores, circuitos e centrais, a injeção demanda equipamentos adequados para a sua manutenção. Hoje, por exemplo, já existem scanners próprios para fazer a leitura e a configuração de injeções eletrônicas, identificando e corrigindo falhas rapidamente. Esse tipo de ferramenta não pode faltar na sua oficina.
2. Velas de ignição
Outro componente que pode apresentar falhas com mais frequência é a vela de ignição. Assim como acontece com a injeção, falhas nas velas também podem interferir no funcionamento do motor, já que a vela é a responsável por gerar a centelha que inicia a queima do combustível.
A vela, como qualquer outro componente de uma moto, possui uma vida útil. Por isso, ao fazer reparos nesse item é fundamental verificar quando foi realizada a última troca e, caso necessário, a substituir por uma nova. Além disso, antes de trocar a vela, é preciso ter certeza de que a falha não está sendo ocasionada por algum problema na bateria, bobina ou nos cabos.
3. Nível de óleo
Apesar de esse ser um problema comum, ele não deixa de ser grave. O funcionamento do motor com o nível de óleo desajustado pode comprometer permanentemente a integridade das peças internas devido ao maior nível de atrito, o que acaba por gerar o desgaste prematuro do pistão, rolamentos, anéis e outras peças.
Solucionar esse tipo de problema não é tão complicado, especialmente se o motor não tiver sofrido nenhum dano. O mais indicado é substituir o óleo por um novo, colocando a quantidade ideal para o modelo da moto.
Além disso, é importante que você avalie se não existe nenhum outro problema ocasionando a redução do nível de óleo, como algum vazamento. Assim o cliente terá a certeza de que rodará com o veículo sem nenhum risco de dano.
4. Correntes de comando
Devido ao atrito constante e estresse pelo uso, a corrente de comando e demais componentes da transmissão também costumam apresentar alguns defeitos, especialmente quando o condutor não realiza os reparos necessários.
Em muitos casos, apertar a corrente e lubrificá-la já resolve as queixas de barulhos incômodos e os riscos de que a corrente saia do curso da coroa, impedindo a moto de circular. Esse tipo de reparo deve ser avaliado caso a caso, pois em outras situações, pode haver o desgaste de componentes, como pinhão e coroa, havendo então a necessidade de substituição.
5. Cabos de embreagem
O rompimento de cabos de embreagem não costuma ser um problema muito comum, porém o desajuste no seu comprimento sim. Um cabo muito longo interfere no acionamento da embreagem, dificultando a troca de marchas e, em casos mais graves, até danifica a peça em razão da troca forçada de marchas.
A depender do modelo da moto, esse tipo de ajuste pode ser bastante simples. Em geral, as fabricantes já posicionam regulagens no manete da embreagem e também na ponta que se conecta ao motor. Assim é bem fácil realizar a regulagem, precisando apenas de uma ou duas ferramentas.
6. Freios
Seguindo com a nossa lista, não podemos deixar de falar dos freios, pois também são demandas recorrentes em uma oficina mecânica.
Os defeitos em freios podem ser de diferentes ordens, desde problemas simples como o desajuste no mecanismo de acionamento do pedal ou do manete, até outros mais complexos, como vazamento do óleo de freio.
É preciso lembrar que as motos convencionais costumam ter freio à disco na roda dianteira e freio à tambor na roda traseira. Cada tipo de freio exige cuidados diferentes, já que funcionam de forma distinta.
Por exemplo, os problemas mais comuns no freio à tambor é o próprio desgaste das sapatas, o que é solucionado com a substituição por peças novas. Já o freio à disco, por ter um sistema hidráulico, demanda cuidados maiores, pois, além das pastilhas, pode apresentar defeitos no disco, mangueiras de óleo e no próprio fluido de freio, que precisa ser substituído conforme orientações do manual.
7. Luzes
Por último, mas igualmente recorrente, defeitos no sistema de luzes da moto certamente são eventos rotineiros na sua oficina. Na maioria dos casos, não existe grandes mistérios para solucionar esse tipo de defeito, já que estão envolvidos com a queima de lâmpadas em razão da trepidação, ou mesmo por conta da vida útil da peça.
Porém, é preciso ficar atento caso o cliente se queixe de problemas constantes nas luzes, já que isso pode indicar falhas na parte elétrica, como curtos e sobrecarga, o que faz com as lâmpadas queimem com mais facilidade. Nesse tipo de situação, é preciso avaliar com mais critério antes de apenas substituir as peças.
Por fim, como foi possível perceber, existe uma série de defeitos de motos que costuma chegar com certa frequência na oficina. Estar pronto para solucionar cada um deles é um grande diferencial, já que isso poupa não só o seu tempo, mas também o do seu cliente, garantindo total satisfação.
Então, gostou deste post? Tem interesse em aprender mais sobre a rotina de uma oficina? Confira também nosso artigo sobre gestão financeira desse tipo de negócio!
Tenho uma ADLY 320 de 2008, trabalha mas ao fim de 3 kms mais ou menos pàra , depois cerca de 10 minutos depois dou á chave começa novamente a trabalhar, mas torna a fazer o mesmo.