Tecnologia usada em 100% dos automóveis novos de passeio, a injeção eletrônica está ganhando cada dia mais espaço no setor de motocicletas. Apesar de ter o seu uso popularizado recentemente, ela surgiu há mais de um século e só foi comercializada a partir de 1957. A injeção era, inicialmente, aplicada à aviação e aos carros de corrida, como o Corvette da General Motors.
No final da década de 1980, a maior parte dos automóveis já estava sendo produzida utilizando essa tecnologia. No Brasil, esse movimento é recente: até 20 anos atrás ainda eram fabricados carros à carburador. Agora, a injeção eletrônica em moto também está se tornando uma realidade e muitas dúvidas surgem aos motociclistas.
Conheça e confira, agora, 4 orientações que você deve passar aos seus clientes! Boa leitura!
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1. A injeção eletrônica em moto
O uso da injeção eletrônica em motos ainda não é obrigatório no Brasil, mas as montadoras já estão adotando esse recurso como uma tendência de mercado e diferencial competitivo dos seus produtos. A gigante Honda é uma das marcas que produzem as motocicletas com o sistema de injeção eletrônica.
Esse sistema é bem mais eficiente que o antigo carburador: a combustão é feita em menor tempo. Isso faz com que o automotor consuma menos combustível e melhore a sua performance, respondendo melhor à direção. Para quem já teve algum veículo a carburador (moto ou carro) deve se lembrar como era difícil fazer o motor funcionar em dias mais frios. Além disso, a estrutura mecânica desse item é propícia à entrada de impurezas, causando a recorrente falha dele — a limpeza frequente é inevitável.
Funcionamento da injeção eletrônica
Nessa tecnologia, os bicos injetores controlam com precisão a quantidade de combustível e ar injetados no motor, superando o carburador mecânico em termos de precisão. Logo, a queima do combustível é mais eficaz. Essa injeção acontece com o apoio de uma central eletrônica: há sensores que realizam a leitura da temperatura do ar e da velocidade de rotação.
Isso significa que um tipo de computador é responsável por administrar o funcionamento do motor. Ele tem essa central, a Eletronic Control Unit (Unidade de Controle Eletrônico, em português), e os sensores. Além desses itens, o sistema é composto, também, por atuadores e pela bomba elétrica. A injeção de combustível leva em consideração na sua leitura as condições de carga, ou peso, e as ambientais.
2. Os tipos de injeção existentes
Atualmente, existem disponíveis no mercado 2 tipos de injeção eletrônica em moto: a analógica e a digital. Suas diferenças são em relação ao tipo de central. Mas, além disso, há outras características que diferenciam os modelos de injeção eletrônica e determinam a sua classificação.
Número de válvulas injetoras
Uma das formas para se classificar um sistema de injeção eletrônica é pela quantidade de válvulas injetoras. Nesse parâmetro, existem 2 tipos: o monoponto e o multiponto. O monoponto é quando há somente uma válvula injetora para todos os cilindros, enquanto o multiponto tem uma válvula para cada um dos cilindros.
Forma de abertura das válvulas
Outro conceito que auxilia na definição do tipo de sistema injetor é em relação à forma de abertura das válvulas. Nessa divisão, ele pode ser intermitente ou simultâneo, semi-sequencial e sequencial. A diferença entre eles é, exatamente, o tempo despendido para a abertura das válvulas.
Há outras formas que podem ser pelo modo de leitura da massa de ar que entra no sistema, pelo controle da mistura entre o ar e o combustível, ou conforme o sistema de ignição. Independentemente de quais forem os modos de funcionamento da injeção eletrônica, é fato que essa tecnologia tem um desempenho muito melhor do que o sistema a carburador.
3. As vantagens da injeção eletrônica
A construção física da injeção eletrônica não ficou diferente em relação ao carburador, com seu ciclo de combustão funcionando em 4 tempos: admissão, compressão, explosão e escape dos gases. Mas como sucessora do sistema de carburador automotor, é nítido que a injeção eletrônica tem uma série de vantagens se comparada ao seu antecessor.
Melhor performance
Esse sistema conquistou para os automotores um melhor desempenho. Isso é resultado do processo mais rápido no momento da queima do combustível e do controle de injeção feito pela central eletrônica. Assim, a injeção eletrônica de motos proporciona um ganho enorme até para aquelas motocicletas de baixas cilindradas.
Redução de poluentes
Desde a definição do Protocolo de Kyoto, em 1997, as empresas estão cada dia mais preocupadas em gerar valor a partir de ações de sustentabilidade. O sistema de injeção eletrônica permite uma otimização na performance do veículo, ao mesmo tempo que produz menos gases poluentes, como o carbono, o hidróxido de carbono e os óxidos de nitrogênio.
Além dessas vantagens, podemos falar nos seguintes benefícios:
- maior economia do combustível;
- maior controle da marcha lenta (baixa rotação);
- melhor dirigibilidade;
- controle ideal da mistura entre o ar e o combustível;
- facilidade em dar a partida na ignição.
4. A manutenção preventiva do sistema
Mesmo não causando tanta dor de cabeça igual ao sistema a carburador, a injeção eletrônica em moto precisa passar por cuidados. O ideal é realizar sempre a manutenção preventiva da motocicleta, bem como dos itens que compõem o seu sistema de injeção.
Uma das peças relacionadas a esse complexo eletrônico, que deve ser verificada sempre que possível, é a vela. Esse elemento recebe, toda vez que se liga a moto, uma forte tensão vinda do sistema de ignição, o que faz dar início à combustão, ou explosão, do motor. Normalmente, os fabricantes indicam a quilometragem apropriada para a remoção e limpeza da vela. Se for necessário, deve-se solicitar a sua substituição. A falta de ação nesse sentido pode resultar em danos a outros componentes.
A injeção eletrônica em moto tem muitos detalhes e, para que seu serviço seja feito com qualidade, você precisa entender muito bem como funciona essa tecnologia. Há várias etapas no processo de injeção e, às vezes, a moto pode apresentar um problema que tende a parecer ser alguma falha no sistema injetor. Há interfaces que podem estar danificadas e atrapalhar a performance da injeção.
Para conseguir identificar, de fato, qual o problema do seu cliente, você deve se capacitar fazendo cursos na área. Uma ótima dica, e escolha dos melhores mecânicos do mercado, são os cursos da Chiptronic. Confira e prepare-se para ser referência em mecânica de motos!
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Muito bom a injeçao
Bom dia, injeção eletrônica é precisa e eficaz em motos e carros.