Aprenda a fazer a troca da central de injeção eletrônica corretamente

A luz que indica a injeção eletrônica no painel do veículo está acesa ou piscando? Isso é um indicativo de problemas. Se o seu cliente chegar à oficina relatando essa situação, provavelmente será necessário limpar os bicos injetores ou, dependendo do caso, até mesmo trocar a central de injeção eletrônica.

O sistema de injeção é essencial para o funcionamento do veículo, pois é ele que determina a quantidade de combustível e de ar que entram no motor para que ocorra a combustão. Ele também controla a ignição, o funcionamento das válvulas e as emissões de gases poluentes. Ou seja, é uma parte vital da moto.

Atualmente, em função dos programas de controle de qualidade do ar no Brasil, a injeção eletrônica é obrigatória. Por isso, é fundamental saber identificar e resolver esse problema. Confira em nosso artigo o que fazer quando a falha é constatada.

Entenda o funcionamento da central de injeção eletrônica

Ao virar a chave na ignição, a central de injeção eletrônica é acionada. Esse sistema tem a função de transmitir um comando para que a bomba de combustível entre em funcionamento. Nesse momento, a luz que indica a injeção, no painel do carro, é acesa. Nas motos que têm painel ocorre a mesma coisa.

Quando o veículo entra em funcionamento, os pistões se movimentam, fazendo com que o sensor de rotação identifique a atividade e informe a unidade de comando. Se tudo estiver funcionando corretamente, a luz do painel se apagará em poucos segundos.

No entanto, quando a luz de alerta permanece acesa após a ignição, a central de injeção está com algum problema. Mesmo que a moto continue funcionando, a falha precisa ser solucionada o quanto antes, para evitar uma pane maior.

Para saber o que fazer quando há um problema no sistema, é importante entender como é o seu funcionamento. Confira:

• uma moto tem vários sensores que, entre diversas funcionalidades, detectam a rotação do motor, a velocidade e o fluxo de ar;

• quando o veículo é ligado, o medidor do fluxo de ar informa a quantidade de ar admitido à unidade de comando — ao mesmo tempo, essa unidade determina a quantidade (ou injeção) de combustível necessária para o processo de combustão, que é o que vai fazer com que o veículo entre em operação;

• vale destacar que, quanto mais adequada a mistura de ar e de combustível, melhor o rendimento do veículo e menores as emissões de gases poluentes;

• o módulo da injeção registra e armazena em uma memória interna as falhas no sistema, detectadas pelos sensores. Mas, para que continue funcionando, o sistema utiliza um valor padrão — como ele não corresponde ao valor ideal, o motor aumenta o consumo de combustível.

O que fazer quando existe uma falha?

Se a central de injeção eletrônica apresentar problemas, o veículo começa a consumir mais combustível e, consequentemente, aumenta o volume de emissões. Se a falha não for corrigida, poderá comprometer outros sistemas e causar perda de potência, dificuldades na ignição, oscilações na marcha lenta ou mesmo pane durante o funcionamento.

Para solucionar o problema do seu cliente, é preciso identificar qual elemento está causando a falha. Em algumas situações, o uso de combustível de má qualidade ou o mal contato nos sensores interfere na leitura da sonda lambda. Outra possibilidade é algum dano no catalisador, que pode estar entupido.

Para fazer o reparo da melhor maneira, é importante verificar todos os sensores, que são peças instaladas em diferentes pontos do motor, com a finalidade de enviar informações para a central que comanda o veículo, e os atuadores, componentes que recebem os sinais elétricos e controlam o motor.

Saiba como corrigir a falha na central de injeção eletrônica

Para fazer o diagnóstico correto, é necessário utilizar um scanner que identifique onde está a falha. Além do uso de combustível de baixa qualidade, outros problemas comuns são nas velas, cabo das velas ou resíduos acumulados nos injetores. Se você suspeita que um injetor está obstruído, um teste nos injetores ajuda a isolar aquele que está com problemas.

Como nesses casos normalmente o veículo continua funcionando (embora com rendimento comprometido), alguns motoristas podem negligenciar a manutenção, fazendo com que outras peças sejam danificadas, como os sensores, atuadores ou mesmo a própria central de injeção.

Se for necessário trocar a central de injeção, é preciso saber que um módulo novo vem sem qualquer programação. Assim, após a instalação, é necessário sincronizar os componentes eletrônicos do veículo, como painéis, imobilizadores, rádios ou outros módulos. Com o uso de um scanner, você consegue solucionar o problema de seu cliente sem que ele precise recorrer à concessionária.

Além de fazer a programação correta do novo módulo, é importante descobrir o que causou a falha no anterior, para que o problema não se repita. Por isso, confira se a bateria está em ordem, assim como a fiação, alternador e aterramento.

Para a substituição da central, é importante seguir alguns passos:

• identifique o modelo do módulo de injeção (se tem processador ou microcontrolador);

• adquira um módulo desse mesmo modelo;

• copie o arquivo de imobilizador da ECU com problemas e grave no novo módulo;

• se o módulo tiver processador, é necessário localizar a memória danificada, retirá-la, ler e salvar os arquivos, gravando-os depois no novo componente;

• caso seja um módulo com microcontrolador, o arquivo do imobilizador estará justamente dentro desse microcontrolador — nesse caso, é preciso identificar os pontos de solda que deverão ser feitos na ECU; a gravação e substituição da memória no módulo novo ocorre da mesma maneira que nos modelos com processador.

Esses procedimentos permitirão que você faça um clone da memória. Assim, não será necessário fazer o emparelhamento da central nova com o imobilizador, uma vez que o arquivo com senhas de casamento e transponder já foram transferidos.

Atualmente os veículos já saem de fábrica com a central de injeção eletrônica, por isso, saber identificar problemas e fazer a substituição é um diferencial importante para atender melhor seus clientes. A especialização faz toda a diferença para que seu negócio se torne mais competitivo.

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