Todos sabemos que a troca de óleo é uma medida fundamental para garantir o bom funcionamento e prolongar a vida útil de um motor, seja de um carro popular ou de um caminhão de carga. Afinal, o lubrificante é responsável por proteger as peças e os componentes internos do atrito e das altas temperaturas que são atingidas durante sua atividade.
O que muitos não conhecem são as diferenças que existem entre os dois procedimentos mais adotados nessa hora: a troca de óleo por sucção e por drenagem. Cada uma tem sua utilidade, de acordo com a situação. Saber escolher entre uma e outra pode fazer uma grande diferença em vários componentes, como o freio motor.
Quer descobrir quais são essas diferenças? Então continue lendo este post e descubra qual é a melhor opção para você!
Troca de óleo por drenagem
Esse é método mais tradicional, em que o óleo velho simplesmente escorre por baixo do cárter. Dessa forma, em cerca de 10 minutos é possível deixar o motor da motocicleta, do carro ou do caminhão livre de resíduos e pronto para receber o novo lubrificante — sem muita complicação ou espaço para erros.
O principal cuidado que deve ser tomado ao fazer a troca de óleo por drenagem diz respeito à remoção e recolocação do parafuso (também conhecido como bujão), da borracha de vedação e do filtro de óleo. Se o espaço não for fechado corretamente, pode ser que o novo lubrificante acabe escorrendo pela fenda.
Outra dica importante é fazer o procedimento quando o motor estiver quente, pois nessa condição, a viscosidade do óleo diminui e ele sai com mais facilidade. Dessa forma, ele vai fluir bem mais rápido e não ficarão muitos restos dentro do cárter. Desobstruir a entrada superior também ajuda a tornar esse processo mais rápido, pois a pressão do ar ajudará a empurrar o fluido.
Troca de óleo por sucção
Nesse método, o óleo que será trocado é removido do cárter por meio de uma máquina, que suga o lubrificante antigo a partir da entrada da vareta de medição. Sua principal vantagem é que o serviço é feito de maneira mais rápida e ecológica, já que não há contato direto com o óleo degradado.
No entanto, existem alguns cuidados que precisam ser tomados quando se opta pela troca de óleo por sucção. O principal deles é regular corretamente a pressão de sucção de acordo com o tipo de motor, evitando qualquer tipo de avaria nos componentes internos. Assim como na troca por drenagem, é recomendável que o óleo esteja quente para que seja sugado com mais facilidade.
Ainda que esses cuidados sejam tomados, é preciso se certificar de que todo o óleo antigo foi removido antes de completar com o novo lubrificante ao fazer a troca por sucção. Resíduos de óleo oxidado podem comprometer a eficiência do novo lubrificante e prejudicar o motor do veículo de várias maneiras.
Por tudo isso, a troca de óleo por sucção não é uma tarefa simples. Ela deve ser feita apenas por profissionais plenamente capacitados, garantindo uma troca tão segura quanto rápida. Se você pretende prestar esse serviço na sua oficina, deve providenciar o equipamento correto e capacitar a sua equipe.
Tipos de troca de óleo
A troca de óleo por sucção tem ganhado vários adeptos devido à sua praticidade. No entanto, vimos que ela precisa ser realizada com muita atenção e cuidado, para evitar que resíduos permaneçam no motor e causem grandes problemas no futuro. Também podemos dizer que ela oferece mais garantias de que todos os resíduos foram removidos antes de reabastecer o novo lubrificante.
A troca de óleo por drenagem, por sua vez, é mais simples e segura para ser executada quando falta o conhecimento necessário. Ele apresenta pouquíssimo risco, especialmente se você se lembrar das dicas sobre deixar o óleo esquentar e destampar a parte de cima antes. Enquanto você não tiver os recursos ou especialização para realizar a troca por sucção, essa será uma boa opção.
Além das diferenças entre troca por sucção e por drenagem, é preciso saber também qual lubrificante deve ser usado em cada caso. Dependendo do tipo de veículo, do motor e de outros detalhes, diferentes modelos de óleo lubrificante devem ser usados.
Relação entre o óleo e o freio motor
A troca de óleo, como já mencionamos, afeta diversas funções do veículo. Uma delas, também sendo considerada uma das mais importantes, é a do freio motor. Caso você ainda não conheça, esse é um sistema que usa a pressão do gás dentro do motor para diminuir as rotações, reduzindo gradualmente a marcha e dando mais controle ao motorista.
Para muitos motoristas, o freio motor pode não fazer tanta diferença na prática, já que ele também exige um pouco mais de prática para ser melhor aproveitado. No entanto, quando se trata de um veículo pesado, como um caminhão ou uma van, ele é muito útil para ajudar a controlar a direção.
Naturalmente, por ser um sistema associado ao motor, ele precisa de óleo e fluido de freio de boa qualidade para funcionar adequadamente.
Hábitos com o freio motor que prejudicam o óleo
Às vezes, pela falta de prática, pode ser que o uso incorreto do freio motor prejudique outras partes do motor, inclusive aumentando a frequência da troca de óleo. Veja aqui alguns maus hábitos que precisam ser eliminados para evitar esse tipo de problema.
Reduzir a marcha rápido demais
O funcionamento do freio motor é baseado na pressão do ar dentro do sistema. Depois da combustão, a fumaça normalmente sai pelo escapamento, mas esse sistema impede a saída da pressão, fazendo com que ela se reverta e “empurre” as peças do motor no sentido contrário. É isso que ajuda na diminuição da velocidade.
No entanto, a intenção é que o sistema seja usado para diminuir a pressão nas pastilhas de freio e reduzir a velocidade lentamente. O que muitos acabam fazendo é forçar o sistema, aumentando a pressão e a temperatura do motor e do cárter. É claro que ambos são feitos para aguentar condições bem piores do que o freio motor pode gerar, mas isso vai proporcionar um desgaste bem maior.
Rodar muito tempo sem manutenção
Limpeza do cárter, troca de óleo e do fluido de freio, entre outras ações de rotina são fundamentais para prolongar a vida útil do motor. Infelizmente, vários motoristas acabam atrasando as revisões e as manutenções de rotina. O resultado, como você já deve imaginar, é um desgaste maior de todos os componentes.
Isso é especialmente ruim para o óleo, já que ele vai acumular mais sujeira dentro do cárter. Isso pode se traduzir em mais atrito no motor e defeitos ainda mais complicados com o tempo.
Hora certa de fazer a troca do fluido de freio
Assim como a troca de óleo, o fluido de freio também precisa ser trocado para que o sistema funcione corretamente. Da mesma forma, há vários sinais que você pode observar para saber se é a hora certa. Veja aqui alguns exemplos.
Validade ultrapassada
Quando você compra um fluido de freio novo para o veículo, você vai encontrar um prazo de validade estabelecido na embalagem, seja pelo tempo ou uma quilometragem sugerida. Depois de passar desse prazo, o melhor a fazer é trocar logo o fluido, pois ele já deve estar no fim de sua vida útil.
O tempo de duração pode variar bastante, já que ele é afetado pela frequência de uso do freio motor e os cuidados que você toma ou não nesse meio tempo. Já a quilometragem costuma ser fixa: em torno de 10 mil quilômetros rodados.
Níveis abaixo do mínimo estabelecido
Durante qualquer verificação de rotina, você deve conferir também o nível do fluido de freio. Assim como na troca de óleo, quando ele está abaixo do total esperado, é sinal de que você vai precisar trocar o fluido imediatamente, mesmo que o prazo de validade ainda não tenha passado.
Luz sinalizando problemas no motor
Todo motorista já viu aquela luz no painel que indica que há algum problema no veículo. Ela geralmente acende quando há algo fora do lugar, muita pressão ou atrito entre as peças, entre outros sinais. Essa luz também pode indicar um problema com o seu fluido de freio.
Ao notar que ela está piscando, é preciso fazer uma verificação no motor e no fluido de freio para ter certeza que ele não está seco ou algo do tipo. É bem melhor prevenir do que se arriscar.
Engasgos e atrasos no acionamento do freio
Como de costume, o sinal mais claro de que algo está errado com um veículo é quando ele não funciona direito. No caso do fluido de freio, o motorista vai sentir algumas trepidações e dificuldades na frenagem. Isso não aponta diretamente para o fluido ou qualquer outra peça, mas dá uma ideia geral do que pode estar errado e como o problema pode ser reparado.
Agora que você sabe mais sobre cada tipo de troca de óleo e sua relação com o funcionamento do freio motor, pode fazer manutenções de melhor qualidade para seus clientes.
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Achei este conteúdo bem útil e com bastante informações importantes.
Olá! Obrigada pelo feedback. 🙂
Fique ligado em nosso blog para mais dicas, abraços!
Gostei muito das dicas .
Estou querendo entrar nesse ramo e trabalhar principalmente com sistemas de sucção .
Olá Marcos! Ficamos felizes pelo seu feedback. 😉
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Abraços!
https://mkt.chiptronic.com.br/cursos-chiptronic
bom dia,
gostaria de receber o e-mail de compras para que posa ser enviado uma apresentação.
att
Ajudou bastante agente…. valeu @chiptronic
Oi Ramonilson, tudo bem?
Ficamos felizes em ajudar 😀
Um abraço da Equipe Chiptronic!
muito boa a dica
Obrigado pelo comentário Major!