Para uma oficina mecânica, é fundamental que seus serviços sejam confiáveis, não só para a satisfação dos clientes, mas também para evitar custos com retrabalhos. E um dos itens que mais influencia nessa eficiência são as peças de reposição automotiva.
Afinal, toda mão de obra dependerá dos componentes utilizados, pois para o proprietário do veículo não faz diferença se houve um erro na execução do serviço ou uma falha do produto. Eles querem seus problemas resolvidos, e a avaliação da sua oficina será relacionada diretamente a isso.
Por essa razão, alguns cuidados são necessários na escolha das peças, pois elas são importantes para tornar a oficina competitiva e fidelizar clientes. Portanto, confira nossas dicas neste post e evite erros nas suas compras!
Quais são os tipos de peças de reposição disponíveis no mercado?
O mercado automotivo brasileiro é enorme. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), há mais de 56 milhões de veículos automotores rodando.
Para suprir as necessidades dessa frota, consolidou-se um parque industrial robusto de peças, componentes e acessórios. Só de associadas ao Sindipeças e à Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças) são cerca de 460 fabricantes.
Assim, há uma diversidade de preços, qualidades e benefícios oferecidos pelas empresas que disputam o mercado. Por isso, é preciso pesquisar bastante antes de escolher um fornecedor, e o primeiro passo para isso é saber diferenciar os tipos de peças existentes.
Abaixo, nós listamos as nomenclaturas mais utilizadas por vendedores, suas vantagens e desvantagens. Para escolher as melhores peças de reposição automotiva Confira!
Genuínas
São peças que levam a logotipo da montadora e o código impressos no corpo. Além disso, são fornecidas na caixa da montadora, com a inscrição clara de peça genuína.
Sua maior vantagem é a garantia das grandes indústrias automobilísticas. Afinal, para colocarem suas marcas em uma peça e a escolherem para fazer parte de seus projetos, elas fazem testes rigorosos e exigem altos índices de eficiência, durabilidade e precisão. No entanto, muitas vezes, o preço é mais alto.
Originais
São chamadas originais as peças das fabricantes que fornecem para as montadoras, disponibilizadas no mercado com suas marcas próprias. Geralmente, são nomes conhecidos entre profissionais do ramo e até entre proprietários.
Tem como benefício o preço mais acessível que o das genuínas, prometendo a mesma eficiência e durabilidade. Porém, apesar de serem certificadas por órgãos de controle, não contam com o aval da montadora.
Alguns estabelecimentos também chamam as peças genuínas de originais. Por isso, na hora da compra, confira a qual tipo o vendedor está se referindo.
Paralelas
As paralelas são as mais difíceis de avaliar. Isso porque existe uma variedade enorme de fabricantes, desde marcas sérias, que seguem os padrões das montadoras (em alguns casos, são originais para uma marca, mas não para outras), até empresas menores.
A maioria das fabricantes, porém, tem certificações para suas peças. No entanto, seu controle de qualidade e padronização pode não ser tão rigoroso quanto o das originais, apresentando diferenças especialmente nas dimensões e no acabamento.
Além disso, muitas utilizam materiais de baixa qualidade, visando reduzir seu preço — que é a maior vantagem dos componentes paralelos, também chamados de segunda linha.
Recondicionadas
O recondicionamento pode ser uma ótima alternativa para modelos fora de linha ou componentes caros, mas duráveis, como blocos de motor, caixas de direção, alternadores e motores de partida.
As empresas de recondicionamento ou remanufatura utilizam a estrutura da peça, que deve estar íntegra, e trocam ou retificam os itens de desgaste, como anéis, camisas de pistões, bobinas, coxins e mancais.
Elas são baratas para compra, e o serviço pode ser uma opção mais em conta do que a substituição, caso você conheça um estabelecimento competente. A desvantagem é não saber se o serviço foi bem-feito até que seja testado.
De segunda mão
Os componentes de segunda mão são aqueles reaproveitados de veículos sinistrados. Ou seja, as famosas peças de desmanche. São a alternativa mais barata e, para muitos modelos antigos, a única existente.
No entanto, também são as que exigem maior cuidado para não incentivar o mercado ilegal. Assim, compre somente de desmanches regularizados e com nota fiscal de todos os itens.
Agora que já definimos os tipos de peças ofertadas no mercado, vamos ver, no tópico seguinte, algumas dicas do que considerar na hora de escolher com quais trabalhar.
Peças de reposição automotiva: o que considerar na hora da escolha?
Como a indústria automobilística nacional é grande e diversificada, é interessante pesquisar bastante para conhecer as fabricantes e seus produtos.
Dessa forma, sua oficina pode ter uma relação de fornecedores confiáveis para cada componente e modelo de veículo, entregando sempre serviços de qualidade — o que evita retrabalhos e aumenta a satisfação dos clientes.
De qualquer maneira, a escolha entre as opções com as quais você trabalha deve ser sempre do proprietário do veículo. Portanto, a sinceridade é fundamental quanto aos benefícios e os riscos de cada uma delas.
Confira abaixo nossas dicas do que considerar para escolher as melhores peças.
Finalidade do componente
Peças e componentes como lanternas, maçanetas, manoplas e até reservatório de água do limpador podem ser substituídos por opções paralelas mais baratas. Conheça as marcas disponíveis e pergunte ao cliente o que ele prefere: preço ou originalidade.
Qualidade da peça
Em qualquer caso, é importante conferir a qualidade da peça. Há muitas fabricantes que economizam demais nos materiais, fazendo com que os contrastes sejam visíveis. Uma lâmpada muito ruim, por exemplo, fará diferença na iluminação, e o proprietário vai notar.
Para componentes do motor, parte elétrica ou itens de segurança, utilize somente marcas certificadas e de qualidade reconhecida no mercado.
Garantia da fabricante
A garantia da fabricante é um bom indício da qualidade da peça. Afinal, quanto maior o prazo, maior é a confiança da marca em seu produto. Além disso, sua oficina pode oferecer essa garantia para o cliente, que sentirá mais segurança.
Certificações do componente
As peças de reposição automotiva precisam passar por testes de organizações independentes que comprovem sua eficiência e durabilidade. Quanto mais certificações tiverem, melhor. Os principais órgãos certificadores são:
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Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia);
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CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária);
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IQA (Instituto de Qualidade Automotiva).
Disponibilidade no mercado
Por fim, a disponibilidade da peça no mercado é muito importante. Em alguns casos, as genuínas são encontradas somente nas concessionárias. Para os carros antigos, é possível que a única opção seja um desmanche. No entanto, a maioria dos modelos utilizados no Brasil contam com opções nacionais de peças originais e paralelas.
Como vimos, a escolha de boas peças de reposição automotiva é uma tarefa essencial para uma oficina mecânica, pois influencia na percepção que os clientes têm da qualidade dos serviços, além de evitar os custos com retrabalhos. Portanto, é preciso pesquisar bastante e conhecer as empresas fornecedoras, para que os componentes utilizados garantam eficiência e durabilidade.
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