Uma das maiores preocupações do século XXI é com a preservação do meio ambiente. Hoje, qualquer tipo de empresa ou indústria precisa respeitar algumas leis ambientais, e o descumprimento da mesma pode causar, além de uma imagem negativa, a cobrança de multas com valores altos, podendo levar até mesmo à prisão de seus responsáveis. A legislação não é diferente com os veículos movidos a diesel. Conforme diz a lei federal nº. 9.605 em seu artigo 54 “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.”.
Os veículos movidos a diesel representam os maiores níveis de poluição em relação a outros tipos de combustível. Isso acontece porque as substâncias emitidas durante sua queima são mais nocivas à saúde humana por apresentarem hidrocarbonetos e em sua composição possuírem metais pesados.
Pensando neste problema, o Brasil estabeleceu alguns limites para poluentes nos veículos através do PROCONVE (Programas De Controle De Emissões Veiculares). Para se adequar às metas de emissão de poluentes, as montadoras lançaram algumas tecnologias presentes em veículos EURO 5. Dentre elas destacam-se o sistema com ARLA-32 para diesel pesado e Filtro Particulado (DPF) para veículos considerados Diesel Leve.
Os filtros DPF são os responsáveis por reter as partículas de fuligem que são expelidas, impedindo-as de chegar à atmosfera. Essas partículas, com o passar do tempo, se concentram no interior dos filtros e acabam por impedir a correta liberação dos gases e consequente bom funcionamento do veículo. É preciso então, realizar a regeneração do mesmo para eliminar as partículas acumuladas.
A regeneração do filtro DPF pode ocorrer de três formas:
• Passiva: é feita automaticamente pelo veículo em longos percursos enquanto a temperatura dos gases de escape se encontra elevada, quando é possível realizar a queima das partículas retidas nos canais do filtro. Um problema recorrente com relação a esse tipo de regeneração é que o veículo necessita atender alguns requisitos de funcionamento para o início do processo, como velocidade constante, tempo de percurso e rotação, que dificilmente são atingidos em funcionamento normal nas vias brasileiras.
• Ativa: Quando o limite da capacidade de fuligem do filtro foi atingido, a ECU faz com que haja uma pós-injeção de combustível, o que aumenta a temperatura dos gases de escape e consequentemente provoca a queima dos mesmos.
• Forçada: Realizada por alguns Scanners de Diagnóstico, os requisitos necessários são atingidos de forma estática, ou seja, o veículo não precisa estar rodando.
Para que o mecânico consiga regenerar os filtros de partícula, é necessário o auxílio de ferramentas próprias para isso. Existem no mercado scanners que possuem essa função, como o Dieseldiag. Se quiser saber mais sobre o filtro DPF, temos um e-Book que fala sobre a vantagem de mantê-lo no sistema.
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Tudo bom, possuo um scanner que me dá a opção de bloquear a regeneração automática do filtro. O carro está com down pipe. Se eu desativar a luz da injeção para de acender por estar sem down pipe ?
Olá João, tudo bem?
Desativar a regeneração automática do filtro de partículas devido a um down pipe pode causar problemas de emissões. Desligar a luz de injeção não resolve o problema e pode ser perigoso. Recomenda-se consultar um mecânico especializado em modificações de escapamentos e emissões para ajustes adequados.
Muito bom essas informações ajuda bastante ater mais conhecimentos.!
Olá Izaias, ficamos felizes em poder ajudar 😀
Muito bom conteúdo.
Olá Jean! Ficamos felizes pelo feedback. 😉