Quem trabalha em oficina sabe que cada fabricante tem um tipo de abordagem no projeto de uma motocicleta, criando configurações de motores diferentes, vários tipos de suspensões, arrefecimento à água ou a ar, etc. Com o sistema de transmissão não é diferente, e é preciso estar preparado para uma manutenção adequada.
O sistema de transmissão de moto é o grande responsável por levar a potência do motor para a roda traseira de maneira eficiente. Por esse motivo, ainda que a maioria aposte nas correntes, os fabricantes optam por outras opções mais eficazes para cada projeto.
No post de hoje, falaremos um pouco sobre os principais sistemas de transmissão presentes no mercado e mostraremos suas peculiaridades. Acompanhe!
Sistema de transmissão de moto: conheça os 3 principais
Atualmente, é bastante provável que motos com esses 3 tipos de transmissão entrem pela porta da oficina, seja para ajustes ou uma manutenção mais profunda. Portanto, vamos explicar a seguir como cada um funciona. Vamos lá?
1. Corrente
De longe, o sistema de transmissão de moto mais comum de ser encontrado é a corrente, que está no mercado há muitos anos e é a preferida pelos fabricantes devido ao seu custo de produção e também, no caso de motos potentes, à dificuldade que tem em esquentar muito.
A corrente também é o tipo de transmissão que mais dá manutenção, precisando de limpeza e ajustes regulares. A recomendação para a troca, na maioria dos fabricantes, é entre 25.000 km e 35.000 km.
Prós: baixo custo de aquisição, facilidade em encontrar peças, reposição simples.
Contras: durabilidade baixa, acúmulo de sujeira, barulho ao rodar.
2. Correia
As transmissões por correia dentada são mais comuns em motos custom (de grande porte), mas começam a popularizar-se e chegar a motos menores, como Yamaha Tenere 250 e XTZ 250 Lander, que contam com essa opção.
O funcionamento é parecido ao da corrente, porém a coroa e o pinhão são substituídos por duas polias. Por ser feita de borracha de alta resistência, a durabilidade da correia é muito maior do que a da corrente, chegando a rodar até 100.000 km antes da troca.
Prós: durabilidade elevada, leveza dos componentes.
Contras: dificuldade em encontrar peças de reposição, troca um pouco complicada.
3. Cardã
O sistema de eixo cardã é muito parecido com o utilizado nos carros de tração traseira, onde um eixo sólido é responsável por levar a potência até a roda. Geralmente é encontrado em big trails de alta cilindrada, como a XTZ 1200 Super Tenere e a BMW R 1200 GS.
O sistema tem a vantagem de ser extremamente silencioso (especialmente quando comparado à corrente) e, por ficar totalmente fechado, ficar livre de terra e sujeiras que podem acumular-se no caminho, diminuindo a necessidade de manutenção.
Prós: livre de manutenção regular, durabilidade, proteção.
Contras: custo de peças elevado, manutenção exige bastante conhecimento.
Tipo de manutenção para cada transmissão
Como você viu, as transmissões das motos podem variar muito quanto à maneira como funcionam, e cada uma precisa de conhecimentos e um tipo de manutenção específica. Por isso, é preciso estar capacitado sempre para oferecer o melhor serviço na oficina.
E aí, você já conhecia todas as variações de um sistema de transmissão? Compartilhe este post nas redes sociais e mostre para seus colegas de oficina!