Muitos que divulgam o serviço de reparo automotivo (centrais eletrônicas) em sua oficina ainda fazem diagnósticos por “tentativa e erro”, o que leva a pergunta: você realmente é um especialista em reparo? Fazer isso leva muito mais tempo e muitas vezes não é o suficiente para localizar um defeito que não seja tão comum. Além disso, muitos se limitam a apenas trocar os famosos “drivers” (transistores).
Confira algumas técnicas e conhecimentos importantes a se adquirir para ser referência em reparo de centrais eletrônicas automotivas!
A eletrônica embarcada não é apenas o futuro, é a realidade! Cada vez mais os veículos, mesmo sendo de linhas populares, saem de fábrica já equipados com vários módulos eletrônicos. Diversos sistemas mecânicos são hoje comandados e monitorados por tais módulos. Por isso, o reparador automotivo hoje, depende de conhecimentos em elétrica e eletrônica para realizar seus diagnósticos.
Em muitos sistemas do veículo, não é mais possível realizar os diagnósticos pelo barulho, vibrações, etc. Muitos defeitos dos veículos modernos são realmente invisíveis! Como por exemplo, os defeitos em centrais eletrônicas.
Você realmente é um especialista em reparos?
Muitos reparadores têm se dado conta de que investir em equipamentos e conhecimento para incluir esse serviço dentre os oferecidos por sua oficina, pode ser muito lucrativo e duradouro, visto que a tendência é de ser cada vez maior a presença da eletrônica nos veículos!
Infelizmente, muitos que começam a divulgar esses serviços não estão preparados de verdade para esse mercado, não buscam conhecimento e bons equipamentos. É essencial montar um laboratório de eletrônica na oficina, e por não ter isso fracassam em alguns diagnósticos e acabam até mesmo perdendo seus clientes.
Técnicas que auxiliam muito no reparo de centrais eletrônicas
Uma das principais dificuldades que os iniciantes no ramo de reparação eletrônica enfrentam, é a identificação. Olhar para uma central e saber qual é o circuito responsável pelo sistema do veículo que apresenta uma falha. Quando você dá uma primeira olhada em uma ECU sem experiência em um novo modelo, você percebe que ela se assemelha a um aglomerado de componentes todos interligados em um único circuito eletrônico. E agora, o que devo testar?
Aqui também entra o “conhecimento”
Porém, ao conhecer melhor as ECU’s é perceptível algo muito importante. Na verdade, cada função ou sistema presente no veículo tem um circuito específico e individual dentro do módulo de comando. Por isso, uma das chaves para um diagnóstico rápido e preciso é saber identificar esses circuitos individuais na placa. Essa técnica se chama “mapeamento de circuitos”, que envolve a partir de um ponto de partida do esquema elétrico (que se relaciona com o sistema em falha), localizar todos os componentes envolvidos para que se possa testá-los. Com isso da pra dizer que você realmente é um especialista.
Por exemplo, o sensor de rotação do scanner acusa uma falha. Após realizar os testes no veículo, no sensor e no chicote constata-se que o defeito está no módulo do motor. Para que não tenhamos que testar todos os componentes da ECU de maneira aleatória, a primeira coisa a se fazer é isolar esse circuito dos outros. Isso serve para localizar todos os componentes envolvidos.
Para realizar o mapeamento do circuito é necessário primeiro consultar o esquema elétrico e localizar os terminais de conexão do sensor com o módulo. Localize e isole esse terminal. Em seguida, na escala de continuidade será possível descobrir as ligações do circuito com o sistema externo.
Você realmente é um especialista, sem ferramentas que tornam o trabalho rápido e assertivo?
Existem ferramentas que tornam o reparo de módulos eletrônicos mais rápido e com maior chance de acerto logo na primeira troca de componentes. Uma delas é o simulador de centrais. Essa ferramenta torna possível gerar em bancada todas as leituras possíveis de sensores e consumos de energia dos atuadores. Assim conseguimos variar todas essas grandezas. Simular situações reais e tornar visível a reação de trabalho do módulo e do circuito que está sendo analisado. Do ponto de vista do módulo, ele está trabalhando com um motor real.
Esses equipamentos são verdadeiros facilitadores do trabalho de um reparador automotivo, visto que elimina o risco de testes diretamente no veículo do cliente e viabiliza efetuar os testes mesmo quando não se têm o veículo na oficina. Além disso, é possível comunicar-se com o módulo com o auxílio de um scanner de diagnóstico, e verificar as falhas que permanecem presentes mesmo em bancada. Agora eu te pergunto: sem uma ferramenta como essa, você realmente é um especialista?
Um Software salva qualquer reparador
Uma outra ferramenta que pode garantir rapidez e precisão no reparo automotivo, é um software de consulta de mapeamentos de centrais automotivas. Assim, é possível verificar o destino final de um sinal de sensor ou a saída de comando para um atuador diretamente no circuito eletrônico. E então, com o auxílio de um multímetro, efetuar um mapeamento breve ligando as entradas indicadas pelo esquema elétrico ao destino final do circuito indicado pelo software e proceder com os testes. Outra aplicação importante seria para identificar as funções de diversos C.I.’s (circuitos Integrados) da ECU e suas diversas entradas e saídas que não são facilmente identificadas apenas com um multímetro.
Por exemplo, imagine que na falha mencionada anteriormente em um circuito do sensor de rotação de um módulo, você tenha conseguido localizar alguns componentes de entrada desse sinal. Porém, se deparou com um C.I. (Circuito Integrado) que é parte vital do circuito em questão, do qual não se tem disponível um Datasheet. Esse Datasheet é um manual detalhado de fabricação de um componente eletrônico que a própria fabricante de componentes disponibiliza.
Mas em vários casos, esse manual está indisponível , pois a sistemista fabricante do módulo “mascara” esse componente com um código interno, onde somente eles tem acesso a essa informação. Nesse caso, como saber em quais terminais você deve medir as entradas e saídas desses sinais para fazer um diagnóstico sobre se o componente em questão está funcionando ou não? E qual deve ser o sinal correto a ser encontrado nesses terminais? Um software de consulta pode ajudá-lo nesses testes. E sem um desses, você realmente é um especialista?
Equipamentos essências para um diagnóstico preciso
Com a ajuda de um simulador para geração de cargas e sinais e de um software de consulta para saber o local correto de realizar as medições, vamos precisar de equipamentos apropriados para fazer os testes. Alguns equipamentos podem ser considerados não apenas como facilitadores, mas como essenciais para um diagnóstico. Dentre os mais importantes podemos destacar o osciloscópio. Sem dúvida alguma, algo que causa grande perda de tempo nos diagnósticos e trocas de peças desnecessárias é a falta de conhecimento sobre o osciloscópio. Na realidade, até mesmo os mecânicos e eletricistas automotivos, mesmo que não reparem centrais eletrônicas, já podem se beneficiar das funções de um osciloscópio no seu dia a dia de diagnósticos.
Existem testes e análises que só podem ser feitas com o auxílio desse equipamento. Muitos que divulgam o reparo de centrais mas que não conhecem a fundo a eletrônica e equipamentos como o osciloscópio, acabam condenando centrais como se não houvesse reparo, sendo que a análise de alguns sinais com um osciloscópio tendo a direção certa com softwares adequados revelariam o defeito. Por exemplo, apenas com um osciloscópio seria possível verificar a conversão correta dos sinais de rotação feita pelo C.I. localizado no exemplo acima. Podendo simplificar tanto assim o seu trabalho, sem isso você realmente é um especialista?
Nem só de equipamentos vive um especialista
Embora os equipamentos e ferramentas sejam importantíssimos para o dia a dia de um reparador de centrais automotivas, o conhecimento ainda é a coisa mais importante a se adquirir! Não permita que oportunidades de serviço sejam perdidas por falta de conhecimento e não se contente em fazer reparos básicos.
Monte um laboratório bem equipado e busque o conhecimento necessário para conseguir solucionar até mesmo defeitos complexos, que outros não conseguiram resolver! Invista em você e em sua oficina por buscar cursos e treinamentos de formação e especialização de reparadores de centrais eletrônicas automotivas e não fique parado no tempo em um mercado moderno e progressista!
Muitos divulgam reparo de centrais eletrônicas, mas ainda usam “tentativa e erro”, demorando a encontrar defeitos incomuns. Alguns apenas trocam “drivers” (transistores), e volta a pergunta: sem conhecimento você realmente é um especialista?
Confira algumas técnicas e conhecimentos importantes a se adquirir para ser referência em reparo de centrais eletrônicas automotivas!
A eletrônica embarcada é a realidade dos veículos modernos. O reparador automotivo depende de conhecimentos em elétrica e eletrônica para diagnósticos precisos, já que muitos defeitos são invisíveis, como os das centrais eletrônicas. Invista em equipamentos e conhecimento para garantir sucesso duradouro em sua oficina, e demonstrar que você realmente é um especialista. Infelizmente, muitos que começam a divulgar esses serviços não estão preparados de verdade para esse mercado. Não buscam conhecimento e bons equipamentos para montar um laboratório de eletrônica na oficina, e por isso fracassam em alguns diagnósticos e acabam até mesmo perdendo seus clientes.